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Natal: Qual a hora certa de contar que o papai noel não existe?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008 | 22.12.08 WIB Last Updated 2008-12-22T15:29:44Z
A história do bom velhinho é antiga, ele realmente existiu, mas a tradição sempre foi mantida.
Imagem: Woldpress
Fonte: G1, em São Paulo
Papai Noel é, segundo especialistas, fundamental para o desenvolvimento do raciocínio e da inteligência da criança. Mas qual será a hora ideal de contar que, na verdade, ele não existe? De acordo com reportagem no Portal G1, varia de acordo com a idade da criança.

Segundo a psicóloga e psicanalista Vera Zimmermann, coordenadora do Centro de Referência da Infância e da Adolescência (Cria), da Universidade Federal de São Paulo, a fantasia deve ser revelada conforme o amadurecimento da criança. “É importante que os pais observem o comportamento dos filhos. Em um determinado momento a criança passa a compreender melhor a realidade e desconfia que a história não é verdadeira. Esse é o momento certo de começar a contar”.

Vera explica que a fantasia contribui para o desenvolvimento da criança à medida que a prepara para enfrentar a realidade aos poucos. “Sonhar auxilia a criança na hora de organizar o que é simbólico e ela aprende a planejar a partir desse mundo mágico. A fantasia do Papai Noel ajuda a ensinar os valores do Natal, e isso é muito importante”, afirma a especialista.

Não existe uma idade certa para notar o amadurecimento da criança e a hora de revelar a inexistência do Papai Noel, mas Vera acredita que com 6 ou 7 anos a criança já começa a desconfiar. A psicóloga ressalta, no entanto, que isso depende diretamente da história familiar e da personalidade de cada criança.

Como contar

O jeito mais correto de contar, de acordo com Vera, é não destruir de uma vez toda a fantasia do Natal, mas aproveitar o momento para ensinar à criança a mensagem de amor característica da época. “A resposta dos pais deve estar relacionada às perguntas feitas pelos filhos, mas vale colocar, por exemplo, que o Papai Noel, mesmo não existindo, é um velhinho bondoso que pode estar dentro de cada um de nós, que temos vontade de presentear quem gostamos”, diz.

Não há como impedir que a criança se decepcione com a notícia, mas a psicóloga afirma que esse processo também faz parte do amadurecimento. “É importante incluir a criança na preparação do Natal, na decoração, no preparo dos pratos, e isso também trabalha o simbólico para que a família curta esse momento, que é sempre um pouco mágico”, afirma Vera.

Fantasia também para adultos

Sonhar acordado, planejar e fantasiar em algumas situações, sem exageros, também é importante para os adultos, segundo Vera Zimmermann. “O ato de fantasiar tem que ser mantido pelo adulto porque ele ajuda o ser humano a enfrentar a realidade”, diz.

No caso das crianças, a especialista lembra que os pais não devem sempre preservá-las da realidade. ”Ela pode participar de fantasias, assim como pode participar gradativamente da realidade. Quando as crianças esperam receber um presente, por exemplo, elas constroem cenas em que usam esse brinquedo e isso desenvolve o emocional e a inteligência. Tirar esse tempo de fantasia impede que ela desenvolva essas habilidades”, afirma.

Permitida reprodução deste citada a fonte.

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